11.11.09

apetece-me ( pensamentos desconexos não fazem textos)

Sinto-me embebido pela paixão que não sinto, ou pelo amor que não tenho, nem por mim nem por outros.
Contrario a razão, não querendo viver inerte, e inerte fico sem sem caminho, fosse tudo o que sinto palavras o meu livro seria algo bizarro de construção disforme com caracteres desconhecidos de mim, e essas palavras não iriam personificar o meu sentir.
Quando escrevo estou morto, de cansaço pelo sono que não me deixa sonhar, e tudo isso pode ser razão, plausível ou indutiva, do que escrevo sem linha ou nexo, e do que escrevo que fica por dizer ou pensar, todas estas razões psicológicas que nos dizem, sim isso de facto poderá ter influência, acabando por descobrir que tudo te esmaga numa corrente de efeitos e causas que nunca listarás no complexo beco sem saída que é a mente. E de quem falo não sei eu.
Se ao menos pudesse desligar de ti, parar esta hipocrisia de quem não dorme, parar este neurótico que todos os dias se esbanje em mais um sintoma, de tudo falso, de tudo verdadeiro, se tu ao menos fosses.
Hoje contei a mim, que enquanto calcava nos devaneios de uma mente não escritora, iria chegar o momento, apetece-me dormir. Descobri que sempre me apeteceu.
 
Made by Lena